4 LIÇÕES QUE “PROCURANDO DORY” PODE ENSINAR
No passado domingo fomos ao cinema ver o delicioso filme “ Procurando Dory”. Confesso que sempre foi umas das minhas personagens preferidas, quer pelo seu ar desprendido e desmemoriado, quer porque aparentemente está sempre feliz.
O filme de animação “Procurando Dory”- (Finding Dory, 2016-Disney•Pixar ), dirigida por Andrew Stanton e Angus MacLane, mostra um percurso de reencontro da peixinha Dory com a sua família, consigo mesma, e com o seu valor e potencialidades.
Treze anos após o estrondoso sucesso de “Procurando Nemo” , Dory começa a ter pequenos “flashbacks” sobre sua família de origem. A vivência dessas memórias impede-a de continuar como está e a procura pela família é inevitável: ela sente saudades, muitas saudades.
Desta vez, Nemo e Marlin entram como coadjuvantes da história, mas nunca como figuras menos importantes uma vez que eles, apesar das dificuldades, amam e acreditam em Dory.
Então surgem as perguntas, contidas na sinopse original do filme, e que serão respondidas pela nova história: Afinal o que é que ela se consegue lembrar? Quem são os seus pais? E onde ela aprendeu a falar Baleiês?
Este filme não dececiona, antes pelo contráro, mas é verdade que me fez olhar para a Dory de uma outra forma e que percebi que haviam muitas mensagens importantes ao longo da sua jornada , que poderíamos trazer para a vida real.
1- Se a limitação é real é preciso entendê-la e falar sobre ela para que as outras pessoas também entendam e possam ajudar:
Dory percebe que não consegue guardar informações por muito tempo e que, poucos segundos depois de ouvir algo, já se esqueceu. A memória a curto-prazo é responsável pela capacidade de reter, por alguns segundos, um número limitado de informações. São aquelas informações que nós guardamos por alguns segundos apenas para fazer escolhas ou tomar decisões. Para Dory, não conseguir reter essas informações fazia com que se perdesse pelos caminhos a toda a hora e perturbava-lhe o decurso do seu pensamento.
Carinhosamente vemos os pais a ensinarem-na a dizer aos outros quais são as suas dificuldades.
“Eu sofro de perda de memória a curto-prazo
2- A aceitação é necessária para que se possam encontrar alternativas e adaptações ao meio.
Uma vez que Dory, a sua família e amigos, sabem exatamente quais são as suas dificuldades, é possível elaborar estratégias para que ela possa ser “ajudada” a fazer a rechamada da informação, ou seja a recordar-se. O filme deixa claro o quanto o emocional está envolvido na retenção de memórias que não se perdem (memórias de longo prazo) e como alguns estímulos podem desencadear as lembranças.
“A minha mãe gosta de conchas roxas”
“Segue as conchas e chegarás a casa”
Em ambas as frases há associação emocional: a figura amada da mãe é associada às conchas assim como conchas são associadas a “voltar para casa”, caso se tenha perdido.
Por outro lado, revela a importância das referências visuais e físicas como potenciais auxiliares de memória.
3- Valorizar as competências que estão mais desenvolvidas em quem tem alguma limitação.
Assim como habitualmente os cegos possuem o tato e a audição mais apurado, o filme mostra que Dory desenvolveu uma capacidade de se adaptar às situações de dificuldade. Ela é simpática, ela fala com todos, ela procura ajuda, e, em um momento em que Marlin (pai de Nemo) reflete, depois de ter sido injusto com ela, percebe que ela é ousada e valente pois ela é capaz de “parar e analisar a situação antes de continuar.”
Dentro de Dory existe a certeza de ter sido amada e estimulada nas suas competências quando era pequena. Ela sabe que deve continuar e não desistir nunca.
“Tenho a certeza que tu te vais lembrar”
“Tu nunca te vais esquecer de nós”
4- Saber que nossa família é quem amamos
Dory está com Marlin e Nemo, mas descobre que falta lhe algo e que precisa encontrar a sua família. Quando encontra a sua família, percebe que não pode viver sem Martin e Nemo e imediatamente se lembra deles. A família está onde o nosso coração está e Dory sabe bem disso. Família é quem amamos e quem nos ama, é quem cuida de nós e com quem nos preocupamos e cuidamos. Família são aqueles que nos ajudam a superar as nossas dificuldades e a enfrentar o mundo.
Dory, tu consegues!
Se ainda não foram ver, não percam. Para além de tudo isto tem momentos bem engraçados para poder partilhar com a sua Família.
Helena Gonçalves Rocha
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